Machine Learning, Movimento dos olhos e diagnóstico de TEA

 


Artigo original: “Computer Vision Tools for Low-Cost and Noninvasive Measurement of Autism-Related Behaviors in Infants”

 Autores: Jordan Hashemi,1 Mariano Tepper,1 Thiago Vallin Spina,2 Amy Esler,3 Vassilios Morellas,4 Nikolaos Papanikolopoulos,4 Helen Egger,5 Geraldine Dawson,6 and Guillermo Sapiro7


1 Department of Electrical and Computer Engineering, Duke University, Durham, NC 27708, USA

2 Institute of Computing, University of Campinas, 13083 Campinas, SP, Brazil

3 Department of Pediatrics, University of Minnesota, Minneapolis, MN 55455, USA

4 Department of Computer Science and Engineering, University of Minnesota, Minneapolis, MN 55455, USA

5 Department of Psychiatry and Behavioral Sciences, Duke University, Durham, NC 22708, USA

6 Department of Psychiatry and Behavioral Sciences and School of Medicine, Duke University, Durham, NC 27708, USA

7 Department of Electrical and Computer Engineering, Department of Computer Science, and Department of Biomedical Engineering, Duke University, Durham, NC 27708, USA

Received 19 November 2013; Revised 30 April 2014; Accepted 13 May 2014; Published 22 June 2014

Academic Editor: Herbert Roeyers

Copyright © 2014 Jordan Hashemi et al.

LINK: https://downloads.hindawi.com/journals/aurt/2014/935686.pdf

O estudo contou com 29 crianças autistas e 29 crianças neurotípicas.

O objetivo dessa pesquisa é identificar o autismo por meio da análise do tempo e da forma que uma criança observa um objeto utilizado a tecnologia do Machine Learning aliada à análise de um psicólogo examinador especialista, um psiquiatra de crianças adolescentes e dois estudantes de psicologia.

A tecnologia do Machine learning identificava inicialmente o olho esquerdo, nariz e orelha esquerda das crianças, e acompanhava por meio deles os movimentos de sua face. Em casos de falha, eram identificados ambos os olhos, a orelha esquerda e o nariz.

Inicialmente, eram apresentados brinquedos chamativos e chocalhos para atrair a atenção da criança, e depois ele era posicionado na linha dos olhos da criança, e levado de um lado para o outro. Avaliou-se o tempo que a criança demorava para começar a acompanhar o movimento do objeto com os olhos por meio dos movimentos de sua cabeça.

Esse tempo era categorizado em “passed” (1s), “delayed” (1s a 2s) e “stuck” (mais de 2s). Notou-se que as crianças autistas demoravam mais para começar a acompanhar o movimento do brinquedo com os olhos.  

Depois disso, foi apresentado à criança um segundo objeto, e avaliou-se o tempo levado para a troca de foco no olhar, do chocalho para o segundo objeto.

0,7 segundos eram considerados “normais”, 1,3 segundos ou mais eram considerados um atraso.

Esse estudo possibilitou a previsão do autismo nas crianças com 88,51% de certeza.

 Destacou-se também o menor contato visual das crianças autistas com os olhos dos rostos apresentados.

Caso essa pesquisa fosse reavaliada em diferentes países e com um maior número de crianças, ela poderia ser considerada um meio confiável e pouco trabalhoso para a identificação do autismo, facilitando assim o diagnóstico precoce da condição.