Autistas se apaixonam?

 

Artigo original: Differences in Romantic RelationshipExperiences for Individuals with an Autism Spectrum Disorder

Autores: Grace Hancock, Mark A. Stokes, Gary Mesibov

Revista de publicação: SpringerLink


Indivíduos com transtorno do espectro do autismo (ASD) experimentam dificuldades variadas em seu cotidiano e desenvolvimento, e isso inclui os relacionamentos românticos.

Essa pesquisa sugere que, em comparação com indivíduos neurotípicos, os autistas têm um nível semelhante de interesse romântico, mas menos sucesso no relacionamento e menor satisfação com conexões românticas.

O estudo explorou a experiência de um relacionamento positivo e como ela pode ser diferente para indivíduos autistas.

Foram recrutadas 459 pessoas, das quais 232 eram autistas e 64% do sexo feminino. A pesquisa foi guiada pelo método de amostragem pela Internet e questionários online, como o Sexual Behavior Scale (“Escala de comportamento Sexual”) .

Notou-se que indivíduos com TEA relataram um nível semelhante de interesse em relacionamentos em comparação aos neurotípicos, mas relataram menos oportunidades de encontrar novos parceiros, tiveram relacionamentos mais curtos e maior ansiedade de encontrar um parceiro em potencial. Além disso, os pacientes autistas relataram aprender menos sobre sexualidade.

Foi relatado que a qualidade dos relacionamentos para os neurotípicos se relacionava às dificuldades comuns de relacionamentos, já os autistas afirmavam que as dificuldades do autismo eram também um entrave para o alcance de uma boa qualidade de relacionamento.