Musicoterapia e Autismo

 

Artigo original: "Music Tunes the Brain in Autism"

Autora: Rebecca M. Jones

O estudo realizado contou com uma seleção aleatória de crianças de 6 a 12 anos com autismo, das quais metade delas seriam submetidas a uma terapia musical (instrumentos, canções e pistas rítmicas) e a outra metade (grupo de controle) a uma terapia baseada em séries de atividades lúdicas estimulantes, ambas por 8 a 12 semanas.

As crianças que estavam no grupo de intervenção musical apresentaram melhorias na linguagem, interação social e qualidade da vida familiar em comparação ao grupo de controle. (Vale destacar que tais melhorias são baseadas nos relatos dos próprios pais, isto é, sujeitos às subjetividades e expectativas parentais.)

Após a realização de ressonâncias magnéticas, o grupo musical apresentou também maior conectividade entre as áreas auditivas e subcorticais do cérebro, associadas a maiores taxas de comunicação social.

Dessa forma, em um período de terapia relativamente curto, foi observado melhorias nas atividades cerebrais relacionados à comunicação e ao comportamento prático interativo das crianças sujeitas à musicoterapia. Essas descobertas têm implicações significativas para o uso da música como ferramenta terapêutica no autismo.