Discalculia

 

Discalculia

A Discalculia é um tipo de transtorno de aprendizagem. Ela é caracterizada por uma inabilidade ou incapacidade de pensar, refletir, avaliar ou raciocinar processos, cálculos ou tarefas que envolvam  números ou conceitos matemáticos.

Entre os sintomas, destacam-se a

dificuldades na identificação visual e auditiva de números,

dificuldade para contar,

não compreender ou confundir os sinais matemáticos,

problemas de lateralidade,

trocar a ordem dos números quando copia da lousa,

dificuldade de entender as horas e moedas e

dificuldade de estimar medidas.

Em torno de 1% das crianças pode ter Discalculia, sendo uma condição biológica geneticamente determinada, tendo relatos parecidos num dos pais ou em parentes próximos.

Não podemos confundir Discalculia com a má pedagogia de muitos profissionais da educação, que não aplicam métodos eficientes para o aprendizado da matemática por seus alunos.

Discalculia é um problema biológico e inato, e nada tem a ver com a capacidade profissional, metodologia e empenho do professor de matemática do aluno.

Foram realizados estudos de imagem com pessoas com e pessoas sem discalculia, e notou-se que os primeiros apresentavam uma região cerebral, o sulco intra-parietal, menor.

O diagnóstico requer avaliação multidisciplinar com o envolvimento de especialistas nas áreas de psicopedagogia, neuropsicologia e neuropediatria.


O tratamento é baseado em intervenção precoce,  adaptação curricular e suporte psicopedagógico.

 

A escola deve compreender a dificuldade e fazer modificações no conteúdo, visando facilitar a aprendizagem da matemática utilizando-se de materiais concretos para ensiná-la.

 

O apoio psicopedagógico ajudará a criança a entender sua dificuldade e manejá-la da melhor forma possível incluindo estratégias metacognitivas.  

 

Todas as informações aqui apresentadas sobre a Discalculia foram retiradas dos sites NeuroConecta e NeuroSaber

 

Links:

https://institutoneurosaber.com.br/o-que-e-discalculia/

https://neuroconecta.com.br/conheca-os-principais-transtornos-de-aprendizagem/

 

dislexia

 

Dislexia

Estima-se que a dislexia atinja entre 5% a 17% da população mundial.

Mas infelizmente, os profissionais das áreas de saúde e educação têm pouco conhecimento sobre essa condição, o que pode dificultar o diagnóstico e atrapalhar a vida dessas pessoas.

 A dislexia é caracterizada por grande dificuldade na decodificação de símbolos, ou seja, uma pessoa com dislexia terá problemas em associar um som à sua letra correspondente.

Alguns “sintomas” da dislexia:

Lentidão na aprendizagem,

 dificuldade de concentração,

 escrevem as palavras de forma “estranha”,

 erros frequentes de ortografia,

dificuldades de soletrar,

trocam as letras com sons ou grafias parecidas,

dificuldade em ler em voz alta

dificuldade de compreender textos lidos.

De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia, cerca de 17% da população mundial possui esse Transtorno de Aprendizagem.

O diagnóstico da Dislexia é realizado com ajuda de uma equipe multidisciplinar (Professores, Psicóloga, Psicopedagoga, Neurologista, Pediatra, Neuropediatra...). Seu tratamento visa superar as dificuldades da criança e desenvolver suas habilidades para que consiga aprender de forma efetiva.

Pessoas no Espectro Autista podem também apresentar sintomas do  Transtorno de Aprendizagem, como a dislexia.

As informações apresentadas nesse post foram retiradas do site NeuroConecta (https://neuroconecta.com.br/conheca-os-principais-transtornos-de-aprendizagem/ e https://www.youtube.com/watch?v=uMIOHFSd4aY)

O que são os transtornos de aprendizagem?

 

O que são os transtornos de aprendizagem?

Uma pessoa autista pode apresentar também outros transtornos, como o Transtorno do Processamento Sensorial, Transtorno de Ansiedade e o Transtorno de Aprendizagem.

Pensando nisso, vamos fazer uma série sobre o Transtorno de Aprendizagem e suas subdivisões: dislexia, discalculia, disortografia e disgrafia.

O que é o Transtorno de aprendizagem?

Quem possui algum tipo de Transtorno de Aprendizagem sente uma dificuldade pontual e específica, que está ligada a uma disfunção neurológica, sendo assim, o cérebro funciona de uma forma diferente.

Nesses casos, a criança (ou jovem) é afetada pelo fato de o cérebro não receber, processar, analisar ou armazenar informações de forma adequada.

Muitas crianças têm dificuldades para ler, escrever ou realizar outras tarefas relacionadas à aprendizagem em algum momento do período escolar.

Os pais e professores precisam ficar atentos se eles não possuem algum Transtorno de Aprendizagem.

Geralmente, essas crianças apresentam vários sinais que variam de pessoa para pessoa, mas não vão embora ou melhoram com o tempo.

De acordo com o DSM-5 o Transtorno de Aprendizagem pode estar relacionado a fatores genéticos e ambientais.

Esse transtorno afeta a capacidade do cérebro de assimilar as informações tanto verbais (escrita ou falada) quanto não verbais (por gestos, tom de voz, postura corporal etc.).

De acordo com a American Psychiatric Association, entre 5 a 15% das crianças em idade escolar (e cerca de 4% dos adultos) sofrem com esse transtorno.

 

As informações sobre o Transtorno de Aprendizagem apresentadas nesse post foram retiradas do site NeuroConecta

Link:

https://neuroconecta.com.br/conheca-os-principais-transtornos-de-aprendizagem/

VIDEOGAMES COMO INTERVENÇÃO NO AUTISMO?

 Artigo original: "A full-body interactive videogame used as a tool to foster social initiation conducts in children with Autism Spectrum Disorders"

Autores: María Ángeles Mairena,Joan Mora-Guiard,Laura Malinverni,Vanesa Padillo,Lilia Valero,Amaia Hervás,Narcis Pares

Publication: Research in Autism Spectrum Disorders

Publisher: Elsevier

Date: November 2019

© 2019 Elsevier Ltd. All rights reserved.

O uso de jogos virtuais interativos como forma de intervenção para crianças no Espectro Autista apresenta cada vez mais repercussão em todo o mundo. Essas intervenções têm demonstrado facilitar os processos de motivação e aprendizagem em crianças autistas.

O estudo que abordaremos nessa postagem teve como objetivo avaliar as melhoras sociocomunicativas observadas nas crianças autistas ao receberem intervenções baseadas em videogames tecnológicos que estimulam todo o corpo da criança.

Um total de 15 crianças (idades de 4 a 6 anos) participaram de quatro sessões. Em cada sessão elas passavam metade do tempo brincando com o videogame Pico's Adventure e a outra metade brincando de forma livre, sozinhas ou com acompanhantes.

Observou-se que, durante o jogo do videogame, as crianças demonstravam mais condutas de iniciação social do que quando brincavam livremente. Além disso, notou-se uma redução dos comportamentos repetitivos, também chamados de estereotipias, e um aumento no número de gestos.

Considerando todos esses resultados, o videogame pode ser considerado uma ferramenta adequada para fomentar comportamentos sociais, mas estudos futuros são necessários para obter mais dados que suportem essa hipótese.

Hipersensibilidade olfativa autismo

 

Sensibilidade olfativa aprimorada em condições do espectro do autismo

Chris Ashwin 1, Emma Chapman 2, Jessica Howells 2, Danielle Rhydderch 2, Ian Walker 3, Simon Baron-Cohen 4

Como já comentamos em postagens anteriores, pessoas autistas podem apresentar diversos tipos de hipersensibilidade sensorial, entre eles, a hipersensibilidade olfativa.

Nossa equipe encontrou um artigo científico da revista PubMed que abordava exatamente esse tema.

Esse estudo contou com a participação de 17 homens autistas e 17 homens neurotípicos, e a sensibilidade olfativa deles foi testada usando o “Alcohol Sniff Test” (AST), que é uma avaliação clínica que calcula a maior distância entre a fonte de odor e o indivíduo para que ele consiga sentir o cheiro.

Detectou-se que os homens autistas conseguiam sentir o cheio a uma distância média 24,1 cm, enquanto os homens neurotípicos apresentaram uma distância média de 14,4 cm

Concluiu-se, portanto, que a hipersensibilidade olfativa está intensamente relacionada ao Transtorno do Espectro Autista.

Diante dessas informações, é importante refletirmos sobre a empatia, uma característica muito importante quando estamos falando sobre qualquer tipo de hipersensibilidade.

Se uma pessoa se recusa ao máximo a provar uma comida ou reclama sobre o cheiro de um ambiente, muitas vezes escutamos frases do tipo:

“Quanta frescura! Você já é um adulto, deveria comer de tudo!”

“Que criança fresca!”

“Se fosse filho meu...”

Nessas situações, devemos ser respeitosos e empáticos afinal, essa pessoa pode apresentar uma intensa hipersensibilidade olfativa e sentir os cheiros de forma muito diferente!

Se você não gosta do cheiro de uma comida, você a come mesmo assim?

Então jamais force uma pessoa, independente da idade dela, a comer/ ficar em um ambiente cujo cheiro não a agrada.